Este político profissional, ateu e maçon confesso esteve anteontem à noite na Universidade Católica, para falar sobre “A religião nas sociedades contemporâneas”, a convite da Pastoral Universitária e da Vigararia Episcopal da Cultura e Diálogo e teceu algumas considerações pessoais e políticas que são uma farsa pegada e estão nas antípodas daquilo que foi a sua vida.
"Bem prega Frei Tomás, faz o que ele diz, não faças o que ele faz" podia resumir aquilo que foi a noite, em que o maior tubarão político da sociedade portuguesa, advogou para os outros tudo o que a sua vida não foi.
Uma farsa descomunal !
A inautenticidade de Mário Soares levou-o a produzir um conjunto de afirmações, que o desmentem por completo, pois a sua vida foi erguida por valores ou princípios, opostos àqueles que referiu.
Há alguns Mários Soares, mas aquele que importa destacar está muito bem descrito no livro de Rui Mateus "Contos Proibidos - Memórias de um PS Desconhecido".
Soares aí é descrito como alguém que «tinha uma poderosa rede de influências sobre o aparelho de Estado através da colocação de amigos fiéis em postos-chaves, escolhidos não tanto pela competência mas porque podem permitir a Soares controlar aquilo que ele, efectivamente, nunca descentralizará – o poder» (pp.151-152); «para ele, o Partido Socialista não era um instrumento de transformação do País baseado num ideal generoso, mas sim uma máquina de promoção pessoal» (p.229); e como detendo «duas faces: a do Mário Soares afável, solidário e generoso e a outra, a do arrogante, egocêntrico e autoritário» (p.237).
Vejamos as 'verdades' de anteontem do Milionário Soares :
1- A sociedade «é quase exclusivamente movida pelo dinheiro e isso é o pior que nos podia acontecer».
2- A política «tem de ser encarada como um serviço ao povo e ao país» e «a prática do bem e da solidariedade como um acto de responsabilidade social e de genuíno amor ao próximo, independentemente de acreditarmos ou não que podemos ganhar o céu».
4- «O dinheiro aparecer como o único valor» sendo cada vez mais «o motor » das relações entre as pessoas, os grupos e as nações.
e a afirmação fantástica enunciada não em Marte mas em Braga, terra dominada por Mesquita Machado e alguns empresários locais, saída da boca de um dos cérebros da EMAUDIO e interveniente no caso do "Fax de Macau",
5-«É preciso não confundir a política com os negócios »
Como escreve Mateus, "Mário Soares, Presidente da República, foi impulsionador, subscritor e accionista de fundações e sociedades anónimas que receberam «donativos» e «contribuições» de empresários (...). Que esse dinheiro foi dado em circunstâncias tais que os dadores se acharam no direito de alimentar expectativas de «contrapartidas», «uso de contactos» e «abertura de portas» para negócios particulares (...). "Na mais conhecida dessas sociedades anónimas, a Emaudio, fundada já com Mário Soares em Presidente da República, este detinha a maioria do capital, 60%, através de um testa de Ferro, Rui Mateus".
(1)-"O POLVO" de Joaquim Vieira pode ser lido aqui na íntegra.
3 comentários:
Mário Soares fez como no célebre ditado:
Em Roma, sê Romano.
Transpondo para:
Em Braga, sê Franciscano.
Já Mesquita Machado tem sabido muito bem conquistar as simpatias da Igreja. Mas não conheço muito mais do que isto.
Parabéns pelo poste.
O animal é um catavento! E sem a mínima vergonha. Também com aquela idade...
Caro Zorro!
"Já Mesquita Machado tem sabido muito bem conquistar as simpatias da Igreja. Mas não conheço muito mais do que isto."
Sugiro três blogues para passar a conhecer mais : bracaraangustia, o farricoco, bragamaldita.
Um abraço !
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