segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

MINARETES OU
NOVOS ANTI-SEMITAS ?


Para grande surpresa e embaraço das organizações de defesa dos direitos humanos e dos líderes das várias religiões, venceu o “sim” à proibição de construir minaretes nas mesquitas na Suíça, num referendo que, segundo os analistas, foi promovido pelos partidos de extrema- direita. A vitória foi celebrada com alguma visibilidade em Itália, Alemanha, Holanda e França, onde também se pondera a organização de um escrutínio com a mesma finalidade. Na cidade de Marselha, por exemplo, não está a ser bem vista a construção de uma grande mesquita, que custará 22 milhões de euros, terá 2500 metros quadrados e servirá 200 mil muçulmanos – será a maior no país da “liberdade, fraternidade e igualdade”. Tudo estaria bem, se esta mesquita não fizesse sombra à igreja católica erguida há 150 anos e se o minarete de 22 metros não fosse um sinal aos habitantes da cidade de que os muçulmanos estão a querer impor as suas normas religiosas. Assim, a polémica sobre as torres proibidas na Suíça (e, Na Suíça é como em Portugal? há mais tempo, em duas regiões da Áustria) está para durar. Ou não, se os referendos forem como em Portugal, onde ou não são validados ou então são organizados até os “progressistas” alcançarem a vitória, isto é, até a situação ficar do seu agrado. Veja-se o que aconteceu no referendo sobre a despenalização do aborto e sobre o Tratado de Lisboa já em vigor… E agora, com o “casamento” entre homossexuais… Na Suíça, segundo os analistas, no último domingo venceram os “conservadores”; por isso, se lá for como cá, os “progressistas” já devem estar a querer desrespeitar a vontade da maioria. Aliás, já anunciaram que uma das portas a abrir é precisamente aquela donde saiu a ordem para retirar os crucifixos das salas de aula das escolas italianas… Para que não fiquem dúvidas, embora também considere que se está a dar ao Islão o que se vai retirando ao Cristianismo, se eu vivesse na Suíça votaria “não” à proibição da construção de minaretes (que é um anexo das mesquita, note-se), porque com o “sim” estaria a causar dano à liberdade religiosa, que se exprime na liberdade de culto e expressão pública da fé – e isto vale para todas as religiões. Na verdade, como escreveu a jornalista Aura Miguel, «negar hoje este direito humano fundamental é abrir a porta à desagregação da própria Europa». Daqui

Mohammed Atta, o terrorista que espetou o primeiro avião contra as Torres Gémeas de Nova Iorque, era diplomado em urbanismo, com uma tese de mestrado sobre uma das cidades mais antigas do mundo - Aleppo, na Síria - e discretamente detestava os arranha-céus "ocidentais" que ali eram construídos. Quando decidiu passar à acção, assassinando milhares de pessoas num dos edifícios mais conhecidos do mundo, Mohammed Atta sabia muito bem o que estava a destruir. Minoru Yamasaki, o arquitecto que projectou as torres gémeas, era um apaixonado pela arquitectura islâmica. O seu edifício preferido era a Mesquita do Xá em Ispaão (ou Isfahan) no Irão. Um dos países onde trabalhou mais foi na Arábia Saudita, ao serviço da família real (talvez tenha mesmo chegado a usar os serviços de Muhamad bin Laden, o pai de um certo adolescente chamado Osama, futuro estudante de engenharia). E em diversas ocasiões escreveu sobre o seu interesse pela arquitectura islâmica. Na sua autobiografia, o arquitecto descrevia as Torres Gémeas como "uma Meca de tranquilidade na Baixa de Manhattan".Aposto o meu diploma em História da Arte em como o complexo do World Trade Center era todo ele influenciado pela arquitectura islâmica, a começar pela Grande Mesquita de Meca. Desde a escultura central, evocando a pedra sagrada da Caaba, aos delicados pilares de alumínio cujas nervuras se unem em arcos mouriscos, até ao pavimento do pátio interior desenhado radialmente como as filas dos peregrinos na hajj. (...) E a maior pista de todas estava, naturalmente, nas duas Torres Gémeas - os maiores minaretes do mundo. (...) Os novos anti-semitas podem até usar alguns dos argumentos que o Mohammad Atta usava antes de se tornar terrorista - que lutam contra a "descaracterização" das suas culturas, etc. Mas por detrás esconde-se a raiva a uma cultura em particular: Mohammed odiava os ocidentais, os novos anti-semitas odeiam árabes e muçulmanos. Nem o tentaram disfarçar proibindo outros edifícios, outras torres, outros templos de outras religiões. Mas se quiserem ver a marca da arquitectura islâmica no seu país, basta olhar para as muitas igrejas góticas: foi apenas depois de verem as mesquitas de Jerusalém que os cristãos começaram a fazer edifícios altos, esguios, com os seus pilares nervurados, arcobotantes e torres pontiagudas. Os novos anti-semitas não conhecem sequer a sua própria cultura.Daqui

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